Inspirações de mulheres pioneiras marca o segundo painel do evento Lugar de Mulher é Onde Ela Quiser

Publicado em: 22-março-2019

O painel Lideranças Femininas, realizado na noite de quinta-feira (21/3), teve como marca o compartilhamento de experiências de acolhimento e fortalecimento mútuo entre as mulheres. Mediado pela vice-presidente Cultural, Madgéli Frantz Machado, a atividade integra a 3ª edição do evento Lugar de Mulher é Onde Ela Quiser. Participaram do evento a presidente da AJURIS, Vera Lúcia Deboni, a vice-presidente Social, Patrícia Antunes Laydner, as diretoras culturais, Marcia Kern e Camila Luce Madeira, e a diretora de Direitos Humanos, Karen Vilanova.

Pioneiras em suas áreas, Cléa Carpi, primeira presidente da OAB/RS, Denise Oliveira Cezar, primeira presidente da AJURIS, e Nadine Anflor, primeira chefe da Polícia Civil do RS, falaram dos desafios para as mulheres ocuparem espaços de liderança e sobre a importância da representatividade.

Ocupando o cargo de corregedora-geral da Justiça do TJRS, a desembargadora Denise Cezar citou que além das questões que envolvem a maternidade e a divisão do trabalho doméstico, existem barreiras culturais em uma sociedade que não prepara as mulheres para os espaços de liderança: “Ocupar espaços exige exposição e há todo um contexto em que a mulher tem dificuldade de se expor”, aponta a magistrada, afirmando que romper esses “padrões” exige “força de trabalho e resignação”.

Nadine Anflor relatou que, ao ser chamada para assumir a chefia da Polícia Civil, tinha consciência do significado da ascensão: “É uma quebra de paradigma, eu tenho que ir”, lembrou, citando fatos em que as mulheres são desafiadas. “Não queremos mais nem menos, queremos a equidade”, afirmando que a sua gestão na Polícia Civil tem essa preocupação.

Aos 82 anos, Cléa Carpi lembrou dos desafios que as mulheres superaram, como a conquista do direito ao voto, onde os contrários ao sufrágio feminino afirmavam que era “uma ideia imoral e anárquica” e que representaria a dissolução da família brasileira. Leia o trecho AQUI e AQUI. Afirmando que é necessário “procurar aquilo que nos une”, a advogada deixou uma mensagem de coragem: “Não tenham medo de correr, de ir atrás de sonhos, tenham medo de ficar parada”. 

Apesar de um contexto social ainda de muitas dificuldades e machismo, as palestrantes enxergam um novo tempo de esperança para as futuras gerações. Citando que as filhas a inspiram para dar exemplo e abrir espaços, a desembargadora Denise Cezar destacou o encadeamento de mulheres em que uma sobe e puxa a outra: “É muito importante que as mulheres se ajudem”.

Neste mesmo sentido, a delegada Nadine falou do significado dos espaços de diálogo entre as mulheres: “A cada encontro a gente cresce, troca experiências, leva um pouquinho de cada uma e se empodera”, citando que está fomentando isso dentro da instituição: “A gente começa a colocar uma sementinha e dizer ‘tu é capaz’. Temos que ter mais coragem para dizer ‘sim’, dizer ‘eu vou’, porque a gente consegue, e a gente tem que estar no lugar em que quiser”.

Por fim, Cléa encerrou com uma mensagem para que cada vitória do cotidiano seja celebrada: “Caminhar sem olhar as sombras, temos que seguir e continuo tendo esperança. Nossa vitória é a vitória do nosso cotidiano”.
Texto e fotos: Joice Proença
Departamento de Comunicação – AJURIS
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